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A viagem da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos Estados Unidos no início de março deste ano custou mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. É o que apontam dados da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) obtidos pelo Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Reportagem publicada Yahoo Notícias em 4 de junho de 2020 aqui!
A viagem durou quatro dias (entre os dias 7 e 10) incluiu um jantar de Bolsonaro com o presidente dos EUA, Donald Trump, no resort de Mar-a-Lago, no sul da Flórida, de propriedade de Trump. Vinte e três integrantes da comitiva do presidente brasileiro foram diagnosticados com a Covid-19 após retornarem ao Brasil.
Testaram positivo para o novo coronavírus nomes como o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Em entrevista à jornalista britânica Christiane Amanpour, da CNN americana, Luiz Henrique Mandetta, então já na condição de ex-ministro da Saúde, classificou a visita da equipe de Bolsonaro à Flórida como uma “corona trip” (viagem do coronavírus). A entrevista foi ao ar no dia 13 de maio, pouco menos de um mês após a demissão de Mandetta.
De acordo com informações enviadas pela Presidência da República e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o custo total com diárias, hospedagens, despesas aeroportuárias, seguro viagem e aquisição de chips de celular chegou a U$ 337 mil, o que equivale a pouco mais de R$ 1,7 milhão na cotação atual. Além das despesas com a comitiva, o MRE informou que houve um gasto adicional de R$ 344 mil com diárias e passagens de servidores da pasta.
A missão internacional contou com um grupo de 20 autoridades e convidados, além de 90 auxiliares que atuaram nas equipes de segurança, cerimonial, comunicação e Coordenação Geral de Transporte Aéreo (CGTA). O grupo designado pelo presidente para compor a comitiva oficial contou com quatro ministros, dois deputados federais, dois senadores, um governador e dois intérpretes.
Na lista de duas dezenas de nomes da comitiva publicada no Diário Oficial da União, apenas três convidados constam como “sem ônus” para o governo: o deputado federal Daniel Freitas (PSL/SC), o cônsul-geral do Brasil em Miami, João Mendes Pereira, e a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os demais integrantes não tiveram as despesas divulgadas.
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Este conteúdo saiu primeiro na edição #66 da newsletter da Fiquem Sabendo, a Don’t LAI to me. A newsletter é gratuita e enviada quinzenalmente, às segundas-feiras. Clique aqui e inscreva-se para receber nossas descobertas em primeira mão também.