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Na última década, mais de 19 mil pessoas foram resgatadas em situação de trabalho escravo no Brasil. Ao todo, 1.387 operações foram realizadas. Os dados são da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), órgão do Ministério da Economia, e foram obtidos pela Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
As informações foram obtidas pela nossa equipe antes de a pasta ter mudado o entendimento sobre a publicidade dessas informações. O governo Bolsonaro parou de disponibiliza-las neste ano, por entender que os dados violariam a Lei-Geral de Proteção de Dados que, vale lembrar, não se aplica à atividade jornalística.
A planilha com os dados brutos pode ser acessada aqui. A primeira é uma cópia do que foi enviado pelo governo. As demais são recortes feitos por nossa equipe, como divisão por Estado, tipo de atividade e ano.
Atenção: ter o nome na lista não significa que a empresa citada tenha sido, de fato, condenada, já que pode haver apresentação de recursos. Os dados refletem somente as autuações feitas pelos auditores na data apresentada na planilha. Os dados são apenas a reprodução integral de informações fornecidas pelo Ministério da Economia por meio da LAI. A Fiquem Sabendo não se responsabiliza por eventual uso incorreto das informações e nem acusa nenhuma empresa de ter cometido crimes.
O estado de Minas Gerais foi o que mais registrou resgatados na década (28,88%), seguido por Pará (10,97%) e São Paulo (8,39%). As atividades mais comuns foram criação de bovinos para corte (15,96%), construção de edifícios (11,58%) e cultivo de café (7,59%). Em números absolutos, 6.696 pessoas foram resgatadas nesses setores nos últimos 10 anos.
Ao menos 17 empresas aparecem na lista com mais de 100 trabalhadores resgatados de suas instalações no período. Uma só empresa teve registro de 565 trabalhadores resgatados.
Na maior parte das áreas houve redução no número de resgatados em 2020, ano de início da pandemia, mas houve aumento no cultivo de café (de 106 para 140) e de soja (de 7 para 30).
Com a queda na cobertura vacinal, o Ministério da Saúde iniciou no dia 1º de outubro uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes com menos de 15 anos para atualização da carteira de vacinação.
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