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Entre janeiro e abril, o governo do presidente Lula negou 7,4% dos cerca de 43 mil pedidos de informação recebidos por meio da Lei de Acesso à Informação. A taxa é semelhante a de anos anteriores considerando os quatro primeiros meses de cada ano. Desde 2015, esse índice tem ficado entre 6% e 8%.
Há oito categorias para pedidos negados: dados pessoais, informação classificada pela LAI, informação sigilosa segundo outras leis, pedido desproporcional, pedido exige tratamento adicional de dados, pedido genérico, pedido incompreensível e processo decisório em curso.
Considerando somente as solicitações de informação negadas pelo governo federal, a alegação de sigilo (previsto na própria LAI ou outras leis) bateu recorde, correspondendo ao motivo usado em 39,9% das respostas negativas. Por outro lado, o argumento de que a informação pedida é pessoal (também conhecido como "sigilo de 100 anos") atingiu a menor taxa desde 2013, com 13,7%.
O órgão que proporcionalmente mais negou pedidos na atual gestão foi o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), com 36,4% das solicitações negadas, seguido pelo Ministério do Trabalho e Previdência, com 31,9%, se considerados somente os órgãos que receberam mais de 100 solicitações.
A análise foi feita pela Fiquem Sabendo com dados públicos do próprio governo e pode ser vista e reproduzida neste notebook, no Google Colab.
Apesar de a taxa de negativas ser semelhante a de outros anos, o governo federal vem adotando nos últimos meses ações pró-transparência, como os enunciados que deixaram mais claro quais informações devem ser públicas, bem como decisões da CGU que reverteram pedidos negados durante o governo Bolsonaro.
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