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Na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que seu governo concedeu “auxílio emergencial em parcelas que somam aproximadamente 1000 dólares para 65 milhões de pessoas”. A agência Fiquem Sabendo questionou a contabilidade do presidente via Lei de Acesso à Informação (LAI), mas o governo errou a conta ao tentar explicar a matemática usada para chegar ao valor citado no discurso.
Reportagem em parceria com o Yahoo Brasil, acesse aqui.
Pelas contas do governo, o valor investido dividido pelo número de beneficiados em cada fase resulta em uma “média por beneficiário” de R$ 5.067,00. Na conversão de moeda com dólar cotado a R$ 5,43 (que é o valor de referência citado na tabela, sem especificar a data de câmbio considerada), o resultado seria de US$ 933,15 por cidadão.
O cálculo da Presidência é difícil de entender, pois estabelece duas médias, uma para cada fase do programa, e soma essas duas médias para chegar ao valor de R$ 5 mil por beneficiário. “É errado somar essas médias porque há uma diferença de 6 milhões de beneficiários, ou 10% do total, é uma parcela significativa”, explica o economista Gustavo Inácio de Moraes, coordenador do curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Para obter uma média mais coerente, o mais indicado seria somar o valor total pago e dividir pelo conjunto de beneficiários.
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