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Apoie agoraLéo Arcoverde
Motociclistas representam 19% das vítimas de roubo e de furto de veículo em São Paulo. Paulo Pinto/Fotos Públicas (27/07/2015) Com 1.610 roubos contabilizados em 2014, a Honda CB 300R foi a motocicleta mais roubada na cidade de São Paulo no período. Esse número representa uma média de quatro assaltos a cada dia. A segunda motocicleta mais visada pelos ladrões em São Paulo é a Yamaha Fazer YR 250. Foram registrados 1.212 roubos de motocicletas desse modelo em 2014. A terceira posição é ocupada pela Honda CBX 250 Twister, com 1.030 casos contabilizados em um ano. É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Polícia Civil do Estado de São Paulo obtidos por meio da Lei Federal n° 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). A reportagem elaborou o ranking dos oito modelos de motos mais roubados na cidade (veja no quadro abaixo). A reportagem não teve acesso aos dados relativos à quantidade de unidades de cada um dos modelos que aparecem no ranking emplacadas na cidade São Paulo. Calculados com base nos boletins de ocorrência elaborados pela Polícia Civil, os números de roubos contabilizados por cada modelo não levam em conta a cidade onde se deu o emplacamento do veículo. Isso quer dizer que o número de motos roubadas por modelo não indica, necessariamente, a quantidade de unidades daquela marca emplacadas na capital paulista tomadas de assalto em um ano.
O Estado de São Paulo registrou 41.209 casos de roubo e de furto de motocicleta em 2014 (113 ocorrências por dia, em média), conforme revelou reportagem do Fiquem Sabendo publicada em agosto de 2015. Os roubos (crime em que o suspeito se utiliza de violência ou grave ameaça para render a vítima) representam 45% desse total _18.460 casos. As estatísticas criminais do ano de 2015 ainda não foram concluídas pela polícia.
Reportagem do Fiquem Sabendo publicada nesta quinta-feira (21) mostrou que o Celta 1.0 lidera o ranking de modelos de carro mais roubados na cidade de São Paulo. Foram 1.809 assaltos contabilizados em 2014. Em seguida, aparecem o Palio Fire Economy, com 1.737 roubos contabilizados em 2014, e o Gol 1.0, 1.730. (Veja no infográfico abaixo o detalhamento desse levantamento.)
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 144, que a segurança pública corresponde a um “dever do Estado” e um “direito e responsabilidade de todos” e que ela é exercida “para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. O Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) prevê, no seu art. 157, uma pena de reclusão de quatro a dez anos e multa para quem comete o crime de roubo. Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, a pena é aumentada em um terço.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública disse por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa que “é natural que, em uma lista de veículos mais roubados, os modelos populares ocupem as posições mais altas do ranking, uma vez que são os mais vendidos e, por consequência, têm mais mercado para revenda ilegal de peças”. Veja a íntegra da nota que a pasta enviou à reportagem: “A Secretaria da Segurança Pública informa que o policiamento ostensivo e preventivo é baseado a partir da análise dos locais onde há maior incidência de ocorrências, entre outros aspectos. É natural que, em uma lista de veículos mais roubados, os modelos populares ocupem as posições mais altas do ranking, uma vez que são os mais vendidos e, por consequência, têm mais mercado para revenda ilegal de peças. Para verificar os veículos mais visados, a reportagem deveria contrastar a quantidade de modelos mais roubados proporcionalmente com a venda atingida por essas marcas. Para combater o roubo de veículos e a venda de peças ilegais foi sancionada em 2014 a Lei dos Desmanches, que com ela foi possível de janeiro a novembro de 2015 fechar 144 estabelecimentos irregulares de venda de autopeças usadas. Ao todo, 637 comércios foram vistoriados por equipes policiais este ano em todo o Estado de São Paulo. Também nesse período, os roubos de veículo diminuíram 21,94%, de 90.526 para 70.667 casos – a menor quantidade desde 2010. No mesmo período, os furtos de veículos recuaram 10,79% na comparação com os mesmos 11 meses do ano passado. O total baixou de 114.982 para 102.572 ocorrências. O trabalho do governo estadual de combate aos crimes envolvendo veículos tem gerado resultados além da segurança da população. A diminuição das ações delituosas auxiliou na desaceleração do aumento dos seguros. Este ano, o valor das apólices aumentou apenas 0,9%, abaixo da inflação e do custo de reparação.”
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Este conteúdo saiu primeiro na edição #66 da newsletter da Fiquem Sabendo, a Don’t LAI to me. A newsletter é gratuita e enviada quinzenalmente, às segundas-feiras. Clique aqui e inscreva-se para receber nossas descobertas em primeira mão também.