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MOBILIDADE URBANA

Panes em semáforos caem pela metade em São Paulo

Léo Arcoverde

Publicado em: 11/05/2016
Atualizado em: 10/03/2023
30 semáforos que mais quebram na cidade de São Paulo Cruzamento da avenida Ermano Marchetti com a Santa Marina, na água Branca; local registrou 31 panes semafóricas entre janeiro e maio deste ano. Foto: Léo Arcoverde/Fiquem Sabendo (06/07/2015) A quantidade de panes em semáforos na cidade de São Paulo registradas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) caiu pela metade entre 2013 e 2015. No período, o número oficial de falhas nesses equipamentos recuou de 16.525 para 7.947, o que equivale a uma queda de 52%. É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da CET obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). De acordo com as informações disponibilizadas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), na comparação com 2014, o ano passado contabilizou uma queda de 27% nas panes semafóricas (veja no infográfico abaixo). Panes em semáforos caem pela metade em São Paulo

Queda é tendência desde início de reforma orçada em R$ 220 milhões

Se houve algo que surpreendeu negativamente Haddad pouco após ele assumir a prefeitura, foi a quantidade de semáforos que paravam de funcionar quando chovia em São Paulo. Diante desse problema, Haddad determinou a abertura de licitação para a contratação da reforma do parque semafórico de São Paulo. Orçado em cerca de R$ 220 milhões, o projeto possibilitou a reforma dos semáforos de 4.800 cruzamentos da cidade.

Por que isso é importante?

A Lei Federal nº 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, define, em seu art. 5º, como um dos princípios do transporte público “a eficiência, a eficácia e a efetividade” de quem presta esse serviço e “a segurança no deslocamento das pessoas”. Essa mesma lei, que foi sancionada no dia 3 de janeiro de 2012 e entrou em vigor 100 dias depois, ou seja, no dia 13 de abril do mesmo ano, diz, ainda, em seu art. 14, inciso I, que é direito do usuário do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana “receber o serviço adequado”.

Reforma trouxe inquestionável avanço na redução das ocorrências, afirma empresa

Quando questionada sobre o balanço parcial das panes em semáforos de 2015, em janeiro deste ano, a CET-SP disse em nota que a reforma de parte do parque semafórico da cidade trouxe “inquestionável avanço na redução das ocorrências” na cidade. Informou ainda que as panes se devem a variados fatores, como a falta de energia e o furto de fios, por exemplo. Leia, abaixo, a íntegra da nota que a empresa enviou à reportagem: “Os resultados do Programa de Recuperação do Sistema de Sinalização de Controle de Tráfego expressam inquestionável avanço na redução do quadro de ocorrências semafóricas, atualmente em patamares significativamente inferiores, em média menor que 0,5% do total de aproximadamente 6.318 cruzamentos semafóricos, se comparado ao período que antecede o início do contrato em 2013 quando chegavam a alcançar 400 ocorrências/dia. Com a revitalização semafórica, continuamos a tomar providências para diminuir os índices de ocorrências que acontecem na cidade como nos locais citados que são atribuídos a vários fatores como:             
  1. incidência e reincidência de ato de vandalismo com furto de cabos e equipamentos semafóricos;
  2. falta de energia elétrica e/ou variação de tensão constante na rede elétrica que alimenta os equipamentos semafóricos, nos locais não contemplados com instalação de nobreaks, ou, onde existam referidos equipamentos, todavia, com períodos de interrupção de energia superiores a duas horas;
  3. abalroamento de colunas semafóricas e/ou controladores por acidentes de trânsito;
  4. obras civis de grande porte nas principais vias da cidade.”

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