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Aos 28 anos, Marina Harkot, cientista social, ciclista e ativista, foi atropelada enquanto andava de bicicleta na Zona Oeste de São Paulo no último domingo, (8). Principal suspeito da morte, o microempresário José Maria da Costa Júnior, 33, não parou para prestar socorro e foi indiciado por homicídio culposo e por fuga do local do acidente.
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De janeiro a setembro deste ano, 297 ciclistas foram vítimas de acidentes fatais no estado de São Paulo. A média é de uma morte por dia, segundo levantamento da agência Fiquem Sabendo feito a partir de dados do Infosiga SP. Apesar do isolamento social que reduziu a quantidade de pessoas em circulação nas ruas, o número é maior do que o registrado no mesmo período ano passado, quando ocorreram 295 óbitos.
A diretora presidente da União de Ciclistas do Brasil (UCB), Ana Carboni, avalia que durante a pandemia houve um aumento da violência no trânsito. “Quando uma pessoa escolhe andar acima da velocidade máxima e atropela alguém, eu não chamo isso de acidente”, pontua. A cicloativista considera que a redução do limite de velocidade das vias é primordial para garantir a segurança de todos os ciclistas e transeuntes.
Em 92% dos acidentes fatais que ocorreram este ano, a vítima era do gênero masculino. A faixa etária que concentra mais mortes (32), o equivalente a 10,8% do total, são crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Em segundo lugar, estão pessoas de 50 a 52 anos, com 31 mortos e 10,4% do total.
Quase 13 mil internações hospitalares causadas por atropelamento de ciclistas foram registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2010, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). O impacto é também econômico, com um gasto de R$ 15 milhões todos os anos com o tratamento de ciclistas que sofreram colisão com veículos motorizados.
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