![Confira o índice de áreas verdes de cada bairro de São Paulo](https://space-fs-strapi.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/94b8095da173f722e85c9fc5a86eca35.jpg)
Vista área do parque Ibirapuera, localizado na área da Subprefeitura da Vila Mariana, uma das mais arborizadas do centro expandido de São Paulo. Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas (21/08/2015)
Pinheiros e Lapa, na zona oeste, e Vila Mariana, na zona sul, são os três distritos com os mais altos índices de áreas verdes em todo o centro expandido da cidade de São Paulo.
Pinheiros possui 6,1 milhões de metros quadrados de cobertura vegetal; Lapa e Vila Mariana contam com 5,7 milhões e 3,4 milhões de metros quadrados em áreas verdes, respectivamente.
É o que aponta levantamento inédito feito pelo
Fiquem Sabendo com base em dados da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente obtidos por meio da
Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).
De acordo com os dados disponibilizados pela gestão do prefeito
Fernando Haddad (PT), a maior parte das árvores da cidade está concentrada em distritos dos extremos sul e noroeste da capital paulista, como Parelheiros e Perus. (Veja no infográfico abaixo o índice de áreas verdes na área de cada subprefeitura paulistana.)
Parelheiros concentra 49% da cobertura vegetal da capital paulista
Com 305,5 milhões de metros quadrados em áreas verdes, o distrito de Parelheiros, no extremo da zona sul, abriga 48% dos 615,5 milhões de metros quadrados de cobertura vegetal existentes em toda a capital paulista.
Para se ter uma ideia da dimensão desse número em relação a outros distritos paulistanos, a área da Subprefeitura da Capela do Socorro, a segunda com maior extensão de áreas verdes na cidade, possui 57,3 milhões de metros quadrados de áreas verdes.
Em outro comparativo, pode-se dizer que, em matéria de índice de arborização, Parelheiros representa a soma de 50 distritos de Pinheiros.
Falta de verde faz prefeitura plantar árvores no asfalto
![10 regiões menos arborizadas da cidade de São Paulo](https://fiquemsabendo.com.br/wp-content/uploads/2015/08/árvores_no_asfalto.jpg)
Árvores plantadas pela prefeitura no meio da avenida Patrocínio Paulista, na Vila Matilde, zona leste de São Paulo, em março deste ano. Foto: Fabio Arantes/SECOM/PMSP (12/03/2015)
Em março deste ano, a gestão Fernando Haddad lançou mão de uma polêmica estratégia para ampliar o plantio de árvores na cidade. Trata-se do
projeto Árvores no Asfalto, por meio do qual a prefeitura plantou 70 mudas entre as duas mãos de circulação de veículos e em ilhas.
“Nós estamos desenvolvendo novas metodologias de plantio, levando em consideração as características da cidade: as calçadas são estreitas, então a árvore ocupa um espaço precioso na calçada, necessário para o cadeirante ou para a pessoa com deficiência, e a fiação, com o que as árvores convivem mal”, afirmou Haddad, à época do lançamento do projeto.
Por que isso é importante?
A
Constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
As árvores urbanas desempenham funções importantes para os cidadãos e o meio ambiente, tais como a elevação da permeabilidade do solo (e a diminuição dos riscos de enchentes) e o controle da temperatura e da qualidade do ar. Até mesmo a melhoria da paisagem urbana decorrente das áreas verdes é um fator que aumenta a qualidade de vida da população, segundo especialistas.