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Fiscais do ICMBio e outros órgãos identificaram que fazendas na região da Estação Ecológica Maracá, em Roraima, estavam sendo usadas para operações logísticas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
Fiscalização do órgão em setembro do ano passado identificou, em uma delas, grande quantidade de galões de 50 litros de combustível, alimentos, mangueiras e materiais diversos.
Os agentes também abordaram um homem que admitiu fazer o transporte de suprimentos e pessoas para o garimpo. Ele foi multado, não pela relação com o garimpo, mas por estar em uma unidade de conservação sem permissão. Segundo o auto de infração, o homem ironizou a ação de fiscalização dizendo que "a gente sabe que tudo isso não dá em nada" e que "aqui nada será destruído pois a lei do Bolsonaro não permite."
Casos como esse podem ser encontrados em autos de infração lavrados pelo ICMBio nesta região, que foram enviados à nossa equipe em dois formatos:
1) Planilha com autos lavrados na região da TI Yanomami (2021-2022) pelo ICMBio
2) Cópia integral dos autos, de onde tiramos as informações acima.
As informações foram fornecidas ao projeto Data Fixers, iniciativa de abertura de dados e documentos sobre crimes ambientais financiada pelo The Brown Institute for Media Innovation, das universidades de Columbia e Stanford, em parceria com a Fiquem Sabendo.
Se for usar estes dados, os créditos precisam ser dados da seguinte forma: “os dados foram obtidos pelo projeto Data Fixers, em parceria com a agência de dados Fiquem Sabendo.”
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Todas as republicações ou reportagens feitas a partir de dados/documentos liberados pela nossa equipe devem trazer o nome da Fiquem Sabendo no início do texto, com crédito para: “Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública”