Árvores plantadas pela prefeitura no meio da avenida Patrocínio Paulista, na Vila Matilde, zona leste de São Paulo, em março deste ano. Foto: Fabio Arantes/SECOM/PMSP (12/03/2015)
Com 0,636 quilômetro quadrado de área verde, o Jabaquara, zona sul de São Paulo, é a região da cidade com o menor índice de cobertura vegetal dentre as áreas das 32 subprefeituras (antigas administrações regionais) da capital paulista.
A segunda região menos arborizada da cidade é a de Sapopemba, zona leste, com 0,701 quilômetro quadrado de vegetação. A terceira colocação ficou com outra subprefeitura da zona leste, a da Vila Prudente (1,321 quilômetro quadrado de área verde).
É o que aponta levantamento feito pelo
Fiquem Sabendo com base em dados da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente obtidos por meio da
Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). (Veja o ranking das dez regiões menos arborizadas da cidade no infográfico abaixo.)
Zona leste: um terço da população e só 11% da área verde da cidade
Com uma população de cerca de 4 milhões de pessoas (um terço dos habitantes da capital paulista), a zona leste da cidade (12 subprefeituras) possui 68,868 quilômetros quadrados de área verde.
Isso representa 11% dos 615,565 quilômetros quadrados de área verde existentes na cidade. A capital paulista possui 1.509 quilômetros quadrados de extensão.
Parelheiros responde por metade da vegetação de São Paulo
Embora a cobertura vegetal represente pouco mais de um terço da extensão da capital paulista, a maior parte do verde da cidade (49,64%) está concentrada na área da Subprefeitura de Parelheiros, região limítrofe da zona sul formada pelos distritos de Parelheiros e Marsilac.
Com cerca de 140 mil habitantes (1,16% da população da cidade), essa região possui mais de 305 quilômetros quadrados de área verde, segundo os dados disponibilizados pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Por que isso é importante?
Cerejeiras do Parque do Carmo, zona leste, região menos arborizada da cidade. Foto: João Luiz / Secom (03/08/2014)
A
Constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
As árvores urbanas desempenham funções importantes para os cidadãos e o meio ambiente, tais como a elevação da permeabilidade do solo (e a diminuição dos riscos de enchentes) e o controle da temperatura e da qualidade do ar. Até mesmo a melhoria da paisagem urbana decorrente das áreas verdes é um fator que aumenta a qualidade de vida da população, segundo especialistas.