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Já estão abertas as inscrições para a oficina sobre Lei de Acesso à Informação (LAI), voltada para coletivos jornalísticos que atuam na periferia do Rio de Janeiro. A formação gratuita para comunicadores será feita de modo presencial, nesta quarta-feira (09.nov.2022), às 13h30, na sede das Redes da Maré, no Rio de Janeiro. Não é necessário ter conhecimento prévio sobre o mecanismo legal, mas os participantes precisam trabalhar em iniciativas jornalísticas realizadas dentro dos territórios cariocas.
A iniciativa é fruto de uma parceria da agência de dados Fiquem Sabendo e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), com apoio da Maré de Notícias, que faz parte da Redes da Maré. A oficina é do tipo “mão na massa”, ou seja, aborda as questões mais gerais sobre a lei e depois os participantes podem podem fazer seus primeiros pedidos de informação via LAI.
“A ideia é entender como dados e documentos públicos podem apoiar o trabalho jornalístico nas periferias”, destaca Maria Vitória Ramos, instrutora da oficina e diretora da Fiquem Sabendo.
“Precisamos instrumentalizar os comunicadores de favela para que eles possam produzir conteúdo que, de fato, crie mudanças nesses territórios periféricos. A LAI é fundamental para qualquer tipo de investigação jornalística, sobretudo para cobrar do Estado os investimentos em políticas públicas destinados às favelas”, ressalta Daniele Moura, coordenadora do Laboratório de Jornalismo do Maré de Notícias.
A oficina faz parte de um projeto maior, elaborado pela Fiquem Sabendo e Abraji em 2021 e concluído em 2022. Mais de 240 profissionais de imprensa receberam treinamento para usar acionar a Lei de Acesso à Informação em suas reportagens. Elaborado com apoio da organização canadense IFEX, o LAI nas Redações teve como objetivo facilitar o uso de ferramentas para obtenção de dados de transparência pública por meio da LAI, que completou 10 anos de implementação.
A iniciativa surgiu a partir de uma pesquisa feita pela Abraji que revelou a falta de familiaridade do reportariado com esse mecanismo legal. “Há uma demanda enorme para que a gente faça uma nova edição do projeto em vários coletivos do país, ampliando as possibilidades de pautas que tenham maior impacto social, e que gerem debates sobre determinadas políticas públicas”, diz Maria Esperidião, gerente executiva da Abraji.
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Este conteúdo saiu primeiro na edição #66 da newsletter da Fiquem Sabendo, a Don’t LAI to me. A newsletter é gratuita e enviada quinzenalmente, às segundas-feiras. Clique aqui e inscreva-se para receber nossas descobertas em primeira mão também.