Plataforma da estação Sé tomada por passageiros. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas (21/12/2015)
Entre janeiro e agosto deste ano, os trens do
Metrô de São Paulo registraram uma queda de cerca de 4 milhões de passageiros na comparação com o mesmo período de 2015. Em um ano, a quantidade de usuários transportados caiu de R$ 739,5 milhões para R$ 735,6 milhões.
É o que aponta levantamento inédito feito pelo
Fiquem Sabendo com base em dados da empresa obtidos por meio da
Lei de Acesso à Informação.
Reportagem do
Fiquem Sabendo publicada nesta segunda-feira (22) mostrou que a queda do número de passageiros no período foi ainda maior: de cerca de 9 milhões de usuários na comparação com 2015.
Por que isso é importante?
A
Lei nº 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, define, no seu art. 5º, inciso IV, como um dos princípios do transporte público “a eficiência, a eficácia e a efetividade” de quem presta esse serviço.
Essa mesma lei diz, no seu art. 14, inciso I, que é direito do usuário do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana “receber o serviço adequado”.
Segundo essa lei, o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana “é o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município”.
Queda está diretamente relacionada à retração econômica vivida no país, afirma secretaria
Questionada sobre a queda dos passageiros transportados pela CPTM, em março deste ano, quando a reportagem comparou os dados de 2014 e 2015, a
STM (Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos) disse por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa que a redução de passageiras está diretamente relacionada à crise econômica viviva pelo país.
Leia, abaixo, a íntegra da nota que a secretaria enviou à reportagem.
“A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que, de acordo com pesquisas já realizadas, a maioria dos ‘Motivos de Viagem’ realizadas por usuários do trem metropolitano ocorre por trabalho, negócios ou retorno à residência. Portanto, em 2015, a discreta redução de passageiros transportados pela CPTM está diretamente relacionada à retração da atividade econômica vivida pelo país.”